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CNCS na conferência Cibersegurança: impactos da Diretiva NIS2 para empresas e setor público ...

O coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, Lino Santos, foi um dos cinco convidados da conferência promovida pela TSF/DN, que decorreu a 14 de dezembro na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Fazer o ponto de situação da transposição da Nova Diretiva da União Europeia para a Cibersegurança – a NIS 2, publicada a 14 de dezembro de 2022 e avaliar o seu impacto foi o foco da conferência.

Lino Santos referiu que o CNCS tem trabalhado na NIS2 desde a sua publicação. “Tem sido feito um trabalho consistente e dentro dos prazos”, referiu o coordenador do CNCS, que considera estarmos no fim de um ciclo que termina com a segunda Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço e a iniciar a terceira. Explicou que uma das grandes preocupações da nova diretiva é a harmonização de novos critérios, nomeadamente quanto à definição do que é um operador de serviços essenciais, corrigindo a atual assimetria dentro da União Europeia.

A NIS 2 também introduz o conceito de responsabilidade criminal, resultado de uma aprendizagem relativamente à NIS 1, cujo foco foi a gestão da segurança de informação baseada no risco. Já a NIS 2 aposta na gestão de vulnerabilidades - na prevenção, referiu Lino Santos.

No campo da capacitação das organizações e dos seus recursos humanos, o coordenador destacou os vários instrumentos do CNCS para fazer face aos novos desafios do digital, nomeadamente a Academia de Cibersegurança - C-Academy, os Centros de Competências em Cibersegurança, que visam ser “um braço armado do CNCS” para cada uma das regiões do país, que vão ajudar as organizações na implementação da NIS2, estando mais próximos do tecido local e das empresas.

Durante a conferência destacou-se, ainda, o papel do CNCS e da sua oferta de cursos e-learning gratuitos, que permite aumentar a capacidade de resposta e formar colaboradores, com o objetivo de prevenir de forma precoce incidentes cibernéticos.

Durante duas horas Lino Santos, coordenador do CNCS, Hugo Costeira, do Observatório de Segurança Interna, Joana Mota Agostinho, da Cuatrecasas, Miguel Prata Roque, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e Ricardo Costa, da Associação Empresarial do Minho, responderam às questões colocadas pela jornalista Ana Maria Ramos e debateram o impacto da direta NIS2 para as empresas e setor público.


Última atualização em 08-09-2022